O OTIMISMO JÁ CHEGOU
Estamos na reta final do ano de 2012. Na seara política, decididamente, dos últimos quatro anos, o pior de todos, principalmente agora nesse período que antecede a mudança de governo. A retrospectiva não deixa ninguém mentir. A situação que se encontra o nosso município não nos deixa mentir. A gestão que ora se afoga no mar das peraltices de um prefeito desconectado com as causas sociais, não nos deixa a dizer inverdades. Paralelos às fanfarrices do gestor desconectado, uma seca jamais vista, nos últimos anos e pra fechar com chave de ouro, não sei se podemos dizer assim ( talvez chave de fogo soe melhor ), um incêndio em plena Praça Tomás Barbosa, que veio compactuar ( não sabemos mandado por quem ) com o quadro de sucessivas intempéries que devastam nossa cidade, a começar, pela escurraçada administração, que aí está, de vela moribunda.
Mas, vamos fazer de conta que isso não aconteceu e nem está acontecendo. É hora de depositarmos toda nossa esperança em algo novo. Entretanto, deparamos com a oportuna indagação: - e dá pra se acreditar em mais alguém depois dessa lambança de administração ? - cremos, que apesar de toda essa descarga de incompetência atirada sobre nós munícipes, uma luz brilha ainda no fim do túnel. Essa luz tem nome e tem brilho, e acima de tudo, tem credibilidade a nível de federação. Essa luz é, nada mais, nada menos que Celso Crisóstomo Secundino, prefeito eleito para no próximo quadriênio fazer o milagre da boa nova em nossa calejada Canindé.
Agora, existe um circo armado entre os opositores que não se conformam com a derrota, para simplesmente de forma descabida e deslavada, tentar macular a preferência popular que alcançou a casa dos vinte mil votos em favor do prefeito eleito Celso Crisóstomo. À Justiça, cabe somente a ela as decisões finais e pelo andar da carruagem, nada mais poderá ir de encontro a vontade do povo, até porque, a diplomação já é fato, e essa meia dúzia de inconformados, que queriam à todo custo, praticar novamente a política clientelista, que perdurou em Canindé por mais de duas décadas, tem mais é que encostar a cabeça no travesseiro das consolações e ver a banda passar, sem chupar limão, para não salivar as bocas dos músicos da esperança. Esperança de dias melhores no social, esperança de uma cidade limpa, esperança de uma estátua pavimentada, esperança de melhores salários, de pagamento em dia, enfim, o afã de que Canindé possa brilhar no cenário nacional como cidade modelo dentro do padrão turístico religioso, que é sua prenda maior.
Temos ai, novos vereadores juntos à outros mais experientes. O que devemos fazer ? - simples a resposta: - vamos acreditar que eles podem mudar os rumos de nosso município com endereço norte. Vamos acreditar que eles não farão conchaves, nem acordos ilícitos em benefício próprio. Vamos acreditar que eles criem projetos sociais que possam amenizar a fome das crianças. Vamos acreditar que eles se unam num só objetivo: o bem comum de nossa gente. Essa mesma crença é dirigida ao prefeito eleito Celso Crisóstomo, em todos os sentidos, em todos os meandros, em todos os parâmetros e em tudo quanto for de bom e urgencial para nossa Canindé. Finalizando, aqui vai uma máxima do nosso saudoso professor Laurismundo Marreiro: Vereador sendo honesto, não tem prefeito ladrão. Vereadores, vivam essa máxima e façam de tudo, para que no próximo pleito em 2016, seus nomes sejam lembrados como cidadãos acima de qualquer suspeita.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
FOLHA DE ROSTO
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
JOÃO BATISTA AZEVEDO DOS SANTOS
Projeto de conclusão
Disciplina: Pesquisa e Prática em Educação I
Ministrada pela professora Luana Maria, no curso
de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú
UVA.
CANINDÉ - CE
DEZEMBRO / 2012
JOÃO BATISTA AZEVEDO DOS SANTOS
Projeto de conclusão
Disciplina: Pesquisa e Prática em Educação I
Ministrada pela professora Luana Maria, no curso
de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú
UVA.
CANINDÉ - CE
DEZEMBRO / 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO ENSINO BÁSICO
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO ENSINO BÁSICO
O universo informático está beirando de maneira célere, os almejados 360' disputados pelos cientistas do mundo inteiro nesse âmbito. Delineando um paradoxo entre as Pirâmides de Gizé, outras maravilhas do Mundo Antigo e as de agora, é óbvio e inconteste que há uma relatividade entre as eras que simultaneamente cercam e separam os dois momentos. Entende-se aqui, que houve uma tecnologia de ponta na montagem do quebra-cabeça milenar. Em síntese, pedra sobre pedra, sem sobras e sem aparas, um verídico choque às tesouras mundiais que rasgam resmas, provocando o incômodo lixo. De novo sintetizando, dois instantes científicos, num clássico de um " futebol superinteressante ", assistido tão catedraticamente pelos poetas eruditos, medianos e populares, esses sim, diferentes dos cientistas das eras ditas, verdadeiros construtores e divulgadores dos pensamentos alinhavados para a feitura da poesia em todas as suas formas. Tangente à poesia popular, tal e qual o instante milenar, mister se faz dizer que, seus fabricantes partem do princípio de que, pra se construir ela no formato cordel, é preciso que se entre num labirinto muito mais complexo e matemático, até porque ao contrário da prosa e muito mais de outros gêneros literários, nela tem que ser obedecidos regras de simetria, a partir da cadência, o ritmo da leitura e a obediência da contagem de sílabas, arranjo de rimas perfeitas e outras regras básicas. Parodiando a construção do mundo, dizemos que primeiro se fez o verso, e o verso se fez estrofe, e dessa veio o livreto. De onde veio, pra que veio e por que não volta ? Esse é um tríduo de enunciados que nunca ficarão sem respostas, informados que somos por unanimidade entre os poetas, que almas não tem sexo e respondem por esses, a segunda e sequente indagação. Ao primeiro enunciado responde a literatura egípcia
Para Suassuna ( 1995 ), a literatura de cordel.....
Para Ramalho ( Cd, 1989 ), a sua musicalidade...
(...) raramente poetas vislumbram a dor da fam´lia
em seus romances, tal o pintor que não tranfere a
tela a imagem da dor do filho perdido, e muitos ou~
que assim se comportam, pela dificuldade de assim
fazê-lo, haja vista a intimidade é tão forte e impar
que os impedem de assi agirem. ( op. cit. pp. 125-146
).
Para Suassuna ( 1995 ), a literatura de cordel.....
Para Ramalho ( Cd, 1989 ), a sua musicalidade...
(...) raramente poetas vislumbram a dor da fam´lia
em seus romances, tal o pintor que não tranfere a
tela a imagem da dor do filho perdido, e muitos ou~
que assim se comportam, pela dificuldade de assim
fazê-lo, haja vista a intimidade é tão forte e impar
que os impedem de assi agirem. ( op. cit. pp. 125-146
).
terça-feira, 30 de outubro de 2012
JÁ BEBERAM AS VAGINAS
JÁ BEBERAM AS VAGINAS
Renato, um cara educado
cheio da diplomacia
chegou num brega meio dia
no linho, todo alinhado
chamou Ozéias de lado
de maneira bem grã-fina
deu um visto nas meninas
ficou cheio de tesão
e indagou ao cafetão:
-quanto custa uma vagina ?
O infeliz do cafetão
sem saber o que era aquilo
ficou bastante intranquilo
perante a indagação
mesmo assim de prontidão
e meio ruim de escola
uma resposta descola
e diz: - acabou rapaz
só tem mineral com gás
Teem, Grappete e Coca-cola.
Renato, um cara educado
cheio da diplomacia
chegou num brega meio dia
no linho, todo alinhado
chamou Ozéias de lado
de maneira bem grã-fina
deu um visto nas meninas
ficou cheio de tesão
e indagou ao cafetão:
-quanto custa uma vagina ?
O infeliz do cafetão
sem saber o que era aquilo
ficou bastante intranquilo
perante a indagação
mesmo assim de prontidão
e meio ruim de escola
uma resposta descola
e diz: - acabou rapaz
só tem mineral com gás
Teem, Grappete e Coca-cola.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
MANOEL MESSIAS, DA ROMARIA O CANTOR
MANOEL MESSIAS
DA ROMARIA, O CANTOR
Quer ser feliz, vá em Canindé
Quer ver São Francisco, vá em Canindé
A Gruta e a Matriz, vá em Canindé
Os Caminhos de Assis, vá em Canindé
Ver a Estátua, vá em Canindé
Igreja do Monte, vá em Canindé
Igreja das Dores, vá em Canindé
Convento e Zoológico, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé, berço de artistas, é sim, tem sim
Poeta, pintor, violeiro, cordelista, é sim, tem sim
Tem escritor, escultor e desenhista, é sim, tem sim
Quem não lembra Manoel Messias
O nosso hino, sua magia
Quem não lembra J. Ratinho
Canindé te amo com muito carinho
Quer ver os abrigos, vá em Canindé
Museu e Mosteiro, vá em Canindé
Praça dos Romeiros, vá em Canindé
Ver a Bandeira, vá em Canindé
Ver o Beira D"agua, vá em Canindé
O Açude Sousa, vá em Canindé
O São Mateus, vá em Canindé
Casa dos Milagres, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé nós te amamos
Te guardamos no coração
O romeiro não te esquece
Santuário de devoção ( repete 04 vezes )
DA ROMARIA, O CANTOR
Quer ser feliz, vá em Canindé
Quer ver São Francisco, vá em Canindé
A Gruta e a Matriz, vá em Canindé
Os Caminhos de Assis, vá em Canindé
Ver a Estátua, vá em Canindé
Igreja do Monte, vá em Canindé
Igreja das Dores, vá em Canindé
Convento e Zoológico, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé, berço de artistas, é sim, tem sim
Poeta, pintor, violeiro, cordelista, é sim, tem sim
Tem escritor, escultor e desenhista, é sim, tem sim
Quem não lembra Manoel Messias
O nosso hino, sua magia
Quem não lembra J. Ratinho
Canindé te amo com muito carinho
Quer ver os abrigos, vá em Canindé
Museu e Mosteiro, vá em Canindé
Praça dos Romeiros, vá em Canindé
Ver a Bandeira, vá em Canindé
Ver o Beira D"agua, vá em Canindé
O Açude Sousa, vá em Canindé
O São Mateus, vá em Canindé
Casa dos Milagres, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé nós te amamos
Te guardamos no coração
O romeiro não te esquece
Santuário de devoção ( repete 04 vezes )
sábado, 4 de agosto de 2012
MANOEL MESSIAS FREITAS, DA ROMARIA, O CANTOR
MANOEL MESSIAS FREITAS
DA ROMARIA, O CANTOR
01
Fazer arte em canindé
É um verdadeiro penar
Se a gente monta um projeto
É necessário ralar
Não há uma sustentação
Há sim uma exploração
E o negócio descamba
O certo é que nosso artista
É mesmo um equilibrista
Andando na corda bamba
02
Na terra Santa do Santo
São Francisco de Assis
Cidade hospitaleira
É a história que diz
A arte é muito corrente
No passado, no presente
Com desfechos futuristas
A amada Canindé
Tanto foi e ainda é
Um celeiro de artistas
03
Poetas do amor e ódio
Paixão e melancolia
Das noites de lua cheia
E madrugadas vazias
Das musas inspiradoras
Das gazelas sedutoras
E garrafas consumidas
Dos cabarés e dos guetos
Dos frenesis e sonetos
Das cartas mal escrevidas
04
Pintores da natureza
Do real, do abstrato
Da fértil imaginação
Da moldura do retrato
Do vistoso panorama
Da alegria, do drama
Da fé que o romeiro traz
Do beijo trocado a sós
Dos carinhos dos avós
E da saudade voraz
05
Cantores da alegria
Da tristeza, do encanto
Do compasso, da harmonia
Do ninar, do acalanto
Das crianças, da ciranda
Da rede posta em varanda
Da religiosidade
Do pulsar do coração
Do homem lá do sertão
Do homem cá da cidade
06
Escultores de ex-votos
Da explicação da fé
Dos costumes, tradições
Da vida de Canindé
Das doenças já curadas
Da fé que foi consagrada
E do agradecimento
Da dor transformada em arte
Do peregrino que parte
Pra Terra Santa ao relento
07
Emboladores do coco
Das brigas, dos delegados
Das querelas dos amantes
Dos homens afeminados
Dos adultérios sutis
Dos cruzamentos febris
De quem trai ou quem traiu
Dos amores consumados
Entre os matagais fechados
Nas noites de céu anil
08
Violeiros de bancadas
Das pelejas contundentes
Que curam nas cantorias
Mau olhado e dor de dente
Das rimas, das redondilhas
Dos namoros com as filhas
Do fazendeiro ricaço
Da bela, da estrovenga
Da confecção da quenga
E o desmanche do cabaço
09
Repentistas do improviso
Da vida cotidiana
Das praças, ruas e feiras
Do pandeirista bacana
De microfone ao pescoço
Pedindo moeda ao moço
Pelo improviso dito
Da cultura popular
Do galope à beira mar
Da rola e do periquito
10
Fiz toda essa pajelança
Pra dizer que nosso artista
Ainda tem esperança
De receber a conquista
Da glória, do apogeu
De não ver o que ocorreu
E não sentir-se esquecido
Vou relatar com franqueza
Uma história de tristeza
Veja só o acontecido
11
Manoel Messias morreu
Foi triste a sua partida
Porém não está distante
A sua voz é ouvida
De forma bem graciosa
Nas canções melodiosas
De sol, romaria e fé
Nos louvores de Maria
Palavras e harmonia
Do Hino de Canindé
12
Por tudo que ele fez
Durante seus funerais
Homenagens foram poucas
Manoel merecia mais
Agentes da sinecura
Câmara e prefeitura
Desprovidos do pudor
Não fizeram suas partes
Esqueceram-se das artes
E de tabela o cantor
13
O que essa gente pensa
A respeito deste hino
Cantado em todo Nordeste
Por fiéis e peregrinos
Analfabetos políticos
Sem o menor senso crtítico
Seres irracionais
Se Manoel num segundo
Pudesse voltar ao mundo
Talvez nem cantasse mais
14
Ficaria sabedor
Da inércia dos fariseus
De tanto envergonhado
Diria aos amigos seus
Quanta falta de atitude
Tragam-me outro ataúde
Quanta vergonha meu povo
Aqui não é meu lugar
O caixão pode lacrar
Eu quero morrer de novo
15
E esse eu Jota Batista
Do Pãozinho de Amor
De uma miscigenação
Do Plangente Cantador
E vários amigos meus
Que receberam de Deus
O dom de fazer poesias
Da vida encerrado o prazo
Teremos também descaso
Igual Manoel Messias
16
Talvez daqui uns janeiros
A desconto de pecado
Manoelzinho deve ser
Por um vereador lembrado
Depois de trezentas luas
Seu nome será de rua
Por ordem de algum gestor
Teremos por hipocrisia
A RUA: MANOEL MESSIAS
( CANTOR E COMPOSITOR )
------------X---------------
POR JOTA BATISTA
AGOSTO DE 2012
DA ROMARIA, O CANTOR
01
Fazer arte em canindé
É um verdadeiro penar
Se a gente monta um projeto
É necessário ralar
Não há uma sustentação
Há sim uma exploração
E o negócio descamba
O certo é que nosso artista
É mesmo um equilibrista
Andando na corda bamba
02
Na terra Santa do Santo
São Francisco de Assis
Cidade hospitaleira
É a história que diz
A arte é muito corrente
No passado, no presente
Com desfechos futuristas
A amada Canindé
Tanto foi e ainda é
Um celeiro de artistas
03
Poetas do amor e ódio
Paixão e melancolia
Das noites de lua cheia
E madrugadas vazias
Das musas inspiradoras
Das gazelas sedutoras
E garrafas consumidas
Dos cabarés e dos guetos
Dos frenesis e sonetos
Das cartas mal escrevidas
04
Pintores da natureza
Do real, do abstrato
Da fértil imaginação
Da moldura do retrato
Do vistoso panorama
Da alegria, do drama
Da fé que o romeiro traz
Do beijo trocado a sós
Dos carinhos dos avós
E da saudade voraz
05
Cantores da alegria
Da tristeza, do encanto
Do compasso, da harmonia
Do ninar, do acalanto
Das crianças, da ciranda
Da rede posta em varanda
Da religiosidade
Do pulsar do coração
Do homem lá do sertão
Do homem cá da cidade
06
Escultores de ex-votos
Da explicação da fé
Dos costumes, tradições
Da vida de Canindé
Das doenças já curadas
Da fé que foi consagrada
E do agradecimento
Da dor transformada em arte
Do peregrino que parte
Pra Terra Santa ao relento
07
Emboladores do coco
Das brigas, dos delegados
Das querelas dos amantes
Dos homens afeminados
Dos adultérios sutis
Dos cruzamentos febris
De quem trai ou quem traiu
Dos amores consumados
Entre os matagais fechados
Nas noites de céu anil
08
Violeiros de bancadas
Das pelejas contundentes
Que curam nas cantorias
Mau olhado e dor de dente
Das rimas, das redondilhas
Dos namoros com as filhas
Do fazendeiro ricaço
Da bela, da estrovenga
Da confecção da quenga
E o desmanche do cabaço
09
Repentistas do improviso
Da vida cotidiana
Das praças, ruas e feiras
Do pandeirista bacana
De microfone ao pescoço
Pedindo moeda ao moço
Pelo improviso dito
Da cultura popular
Do galope à beira mar
Da rola e do periquito
10
Fiz toda essa pajelança
Pra dizer que nosso artista
Ainda tem esperança
De receber a conquista
Da glória, do apogeu
De não ver o que ocorreu
E não sentir-se esquecido
Vou relatar com franqueza
Uma história de tristeza
Veja só o acontecido
11
Manoel Messias morreu
Foi triste a sua partida
Porém não está distante
A sua voz é ouvida
De forma bem graciosa
Nas canções melodiosas
De sol, romaria e fé
Nos louvores de Maria
Palavras e harmonia
Do Hino de Canindé
12
Por tudo que ele fez
Durante seus funerais
Homenagens foram poucas
Manoel merecia mais
Agentes da sinecura
Câmara e prefeitura
Desprovidos do pudor
Não fizeram suas partes
Esqueceram-se das artes
E de tabela o cantor
13
O que essa gente pensa
A respeito deste hino
Cantado em todo Nordeste
Por fiéis e peregrinos
Analfabetos políticos
Sem o menor senso crtítico
Seres irracionais
Se Manoel num segundo
Pudesse voltar ao mundo
Talvez nem cantasse mais
14
Ficaria sabedor
Da inércia dos fariseus
De tanto envergonhado
Diria aos amigos seus
Quanta falta de atitude
Tragam-me outro ataúde
Quanta vergonha meu povo
Aqui não é meu lugar
O caixão pode lacrar
Eu quero morrer de novo
15
E esse eu Jota Batista
Do Pãozinho de Amor
De uma miscigenação
Do Plangente Cantador
E vários amigos meus
Que receberam de Deus
O dom de fazer poesias
Da vida encerrado o prazo
Teremos também descaso
Igual Manoel Messias
16
Talvez daqui uns janeiros
A desconto de pecado
Manoelzinho deve ser
Por um vereador lembrado
Depois de trezentas luas
Seu nome será de rua
Por ordem de algum gestor
Teremos por hipocrisia
A RUA: MANOEL MESSIAS
( CANTOR E COMPOSITOR )
------------X---------------
POR JOTA BATISTA
AGOSTO DE 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
QUASE DE MAROCA
QUASE DE MAROCA
LETRA E MÚSICA: JOTA BATISTA
SE VOCÊ QUER COBRAR DIREITOS
DE VEREADOR OU DE PREFEITO
SE VOCÊ QUER COBRAR DIREITOS
DE VEREADOR OU DE PREFEITO
Viva banguelo, na cara dura
Não venda o voto, por dentadura
Não seja burro, seu Elizeu
Não troque o povo, por um pneu
Não seja bobo e nem jumento
Não venda o voto por documento
Não seja infame, não seja tolo
Não troque o voto pelo o tijolo
Não venda o voto pra quem seduz
Por pagamento de água e luz
Não troque o voto com o elemento
Por certidão de casamento
MAS SE QUISER, RECEBA A GRANA
AÍ TU VOTA NO TEU BACANA
MAS SE QUISER, RECEBA A GRANA
AÍ TU VOTA NO TEU BACANA ( repete )
quarta-feira, 25 de julho de 2012
O PINTO QUE O RAPOSÃO ROUBOU DO VEREADOR
O PINTO QUE O RAPOSÃO
ROUBOU DO VEREADOR01
Nesses versos mal pintados
Vou falar de um recinto
Decolei meu avião
Já vou apertando o cinto
E nessa culta viagem
Fazer uma homenagem
A José Adauto Pinto
02
Por quê Zé Adauto Pinto ?
Por quê Zé Adauto Pinto ?
Explicar é muito fácil
Essas estrofes primeiras
Me deixaram em embarácios
Acidentei a gramática
Isso faz parte da tática
Pra falar de galináceos
03
Zé Adauto é uma figura
Zé Adauto é uma figura
Um exímio contador
Que num tempo não distante
Foi também vereador
E dito pelos conformes
Sabe onde a barata dorme
Profundo conhecedor
04
De acordo com os ditames
De acordo com os ditames
E conforme o figurino
Não há pinto mais valente
Do que pinto de menino
Partindo desse conceito
Vou falar com amor no peito
De um caso inusitino
05
Na Câmara Municipal
A nossa Casa do Povo
É raro se fazer leis
Mais raro, um projeto novo
Incomuns requerimentos
E o assunto do momento
É só frango, pinto e ovo
06
Daquela casa de edís
O povo sequer se ufana
O que foi Augusta Casa
Hoje é casa de bacana
Não é casa de sapê
A mesma parece ser
A casa de mãe - joana
07
Em uma sessão passada
Quando lembro até me zango
O assunto em discussão
Giru em torno de um frango
Que estaria apodrecido
E seria consumido
Nas escolas como rango
08
Dizem que um vereador
Não se sabe dizer qual
Abarcou um frango podre
Lá da Ação Social
E disse todo decente
No segundo expediente
Vou mostrar pro pessoal
09
Botou o bicho num saco
Como raposa matreira
E na Câmara disse ele
Bote aí na geladeira
Quem guardou o indigente
Foi a irmã, uma crente
Que é flor que não se cheira
10
Só que antes da metade
Da sessão em andamento
A irmã se descuidou
E não viu que o elemento
Conhecido Raposão
No frango botou a mão
E papou o fedorento
11
O bicho era tão miúdo
É verdade eu não minto
Era novo da idade
E pelo jeito que sinto
Isso muito nos atrasa
Como pode aquela casa
Colocar em pauta pinto
12
Só que onde há cabueta
Raposão se desfigura
Pois o filho de um edil
Viu quando essa criatura
Que é um mala sem alça
Botou o pinto nas calças
E levou pra prefeitura
13
O dito mala sem alça
Pra dizer que é o bichão
Mostrou o pinto ao prefeito
Que agarrou com as duas mãos
Parabenizando o mala
Disse assim: - fique na sala
Eu sou doido por babão
14
Quando o vereador o dono
Do pinto surrupiado
Indagou: - cadê a ave ?
A irmã disse: - foi roubado
Aí o bicho pegou
O vereador endoidou
Foi praga pra todo lado
15
Quero o meu pinto de volta
Eu pago até uma prenda
Pois esse pinto tá podre
E merece reprimenda
Não aceito que o prefeito
Dê pinto daquele jeito
Pra's crianças na merenda
16
A irmã que botou o pinto
Dentro do congelador
Chorava inconformada
Dizendo pro diretor
Nada tenho a ver com isso
Não fui eu quem deu sumiço
O pinto do vereador
17
Aumentou a confusão
Foi enorme o bafafá
O pinto volatizou-se
Ficou perdido no ar
Era tamanha anarquia
E a pergunta do dia
Era... o pinto onde é que tá ?
18
Esse pinto tem mistério
Será que voltou pro ovo ?
Nem está com a mãe galinha
E nem na Casa do Povo
Será que vai ser preciso
O vereador sem juízo
Trazer mais pinto de novo ?
19
E o raposão matreiro
Não vai ser investigado ?
Roubou do vereador
O pinto já estragado
Outro vereador inquieto
Deseja fazer projetos
Pra pintos surrupiados
20
Um projeto diferente
Desse de furar o fole
Envolvento pinto duro
Envolvendo pinto mole
Diante dessa premissa
É preciso que a justiça
O ladrão de pinto arrole
21
Tendo projeto pra pinto
De ovo, ninho ou cirola
É mister que uma vereadora
Procure não ser tão tola
Faça uso do talento
E faça um requerimento
De preservação da rola
22
Projetos deste " que late "
O progresso alavanca
Veja só , Luiz Gonzaga
Não cantou a Asa Branca ?
Por que os nosso edís
Com suas idéias vís
Não botam rola na banca ?
23
Independente quem seja
Do pinto dono de fato
Nossa Câmara precisa
E vitar tais desacatos
Lhe afirmo bem sucinto
Por causa de frango e pinto
O povo é quem paga o pato
24
Nunca se viu uma Câmara
Tão sinistra e desordeira
Eu sinto até calafrios
Quando chega a sexta - feira
Pois dentro daquela sala
Se sente cheiro de bala
Pinto podre e quebradeira
05
Na Câmara Municipal
A nossa Casa do Povo
É raro se fazer leis
Mais raro, um projeto novo
Incomuns requerimentos
E o assunto do momento
É só frango, pinto e ovo
06
Daquela casa de edís
O povo sequer se ufana
O que foi Augusta Casa
Hoje é casa de bacana
Não é casa de sapê
A mesma parece ser
A casa de mãe - joana
07
Em uma sessão passada
Quando lembro até me zango
O assunto em discussão
Giru em torno de um frango
Que estaria apodrecido
E seria consumido
Nas escolas como rango
08
Dizem que um vereador
Não se sabe dizer qual
Abarcou um frango podre
Lá da Ação Social
E disse todo decente
No segundo expediente
Vou mostrar pro pessoal
09
Botou o bicho num saco
Como raposa matreira
E na Câmara disse ele
Bote aí na geladeira
Quem guardou o indigente
Foi a irmã, uma crente
Que é flor que não se cheira
10
Só que antes da metade
Da sessão em andamento
A irmã se descuidou
E não viu que o elemento
Conhecido Raposão
No frango botou a mão
E papou o fedorento
11
O bicho era tão miúdo
É verdade eu não minto
Era novo da idade
E pelo jeito que sinto
Isso muito nos atrasa
Como pode aquela casa
Colocar em pauta pinto
12
Só que onde há cabueta
Raposão se desfigura
Pois o filho de um edil
Viu quando essa criatura
Que é um mala sem alça
Botou o pinto nas calças
E levou pra prefeitura
13
O dito mala sem alça
Pra dizer que é o bichão
Mostrou o pinto ao prefeito
Que agarrou com as duas mãos
Parabenizando o mala
Disse assim: - fique na sala
Eu sou doido por babão
14
Quando o vereador o dono
Do pinto surrupiado
Indagou: - cadê a ave ?
A irmã disse: - foi roubado
Aí o bicho pegou
O vereador endoidou
Foi praga pra todo lado
15
Quero o meu pinto de volta
Eu pago até uma prenda
Pois esse pinto tá podre
E merece reprimenda
Não aceito que o prefeito
Dê pinto daquele jeito
Pra's crianças na merenda
16
A irmã que botou o pinto
Dentro do congelador
Chorava inconformada
Dizendo pro diretor
Nada tenho a ver com isso
Não fui eu quem deu sumiço
O pinto do vereador
17
Aumentou a confusão
Foi enorme o bafafá
O pinto volatizou-se
Ficou perdido no ar
Era tamanha anarquia
E a pergunta do dia
Era... o pinto onde é que tá ?
18
Esse pinto tem mistério
Será que voltou pro ovo ?
Nem está com a mãe galinha
E nem na Casa do Povo
Será que vai ser preciso
O vereador sem juízo
Trazer mais pinto de novo ?
19
E o raposão matreiro
Não vai ser investigado ?
Roubou do vereador
O pinto já estragado
Outro vereador inquieto
Deseja fazer projetos
Pra pintos surrupiados
20
Um projeto diferente
Desse de furar o fole
Envolvento pinto duro
Envolvendo pinto mole
Diante dessa premissa
É preciso que a justiça
O ladrão de pinto arrole
21
Tendo projeto pra pinto
De ovo, ninho ou cirola
É mister que uma vereadora
Procure não ser tão tola
Faça uso do talento
E faça um requerimento
De preservação da rola
22
Projetos deste " que late "
O progresso alavanca
Veja só , Luiz Gonzaga
Não cantou a Asa Branca ?
Por que os nosso edís
Com suas idéias vís
Não botam rola na banca ?
23
Independente quem seja
Do pinto dono de fato
Nossa Câmara precisa
E vitar tais desacatos
Lhe afirmo bem sucinto
Por causa de frango e pinto
O povo é quem paga o pato
24
Nunca se viu uma Câmara
Tão sinistra e desordeira
Eu sinto até calafrios
Quando chega a sexta - feira
Pois dentro daquela sala
Se sente cheiro de bala
Pinto podre e quebradeira
segunda-feira, 9 de julho de 2012
O PROFESSOR TARCISO
O PROFESSOR TARCISO
Olha..., o professor Tarciso
É um cara genial
Bacana, desenrolado
Com ele não tem igual
Na história vai além
E por ironia tem
Sobrenome de Cabral
Além de Cabral, Coimbra
Um veleja, o outro escreve
Que ele seja sempre assim
Que Deus assim o conserve
Que ele deixe saudade
Da nossa grande amizade
Mas que ele também leve
A História e a Filosofia
E todos os fundamentos
Para o bem da Educação
Nos mostrou ele, a contento
E agora daqui pra frente
A gente só tem em mente
Repassar conhecimento
Obrigado professor
Pela resignação
Por ter aturado a gente
Falatório e discussão
O importante é que lhe ouvimos
E por lhe ouvir, saímos
Da Caverna de Platão
Adeus Caverna dos Mitos
De luz opaca e sombria
Um abraço professor
Que a gente se encontre um dia
Num momento de lazer
Pra todos juntos beber
Na taça da harmonia
Pra ouvir suas estórias
que ocorrem na sua vida
Ouvir mais do seu amor
Por sua esposa querida
Que com certeza te ama
E você mantém a chama
Do amor sempre " acendida "
Receba aqui o abraço
De todos esses cursistas
É o primeiro semestre
Mas vamos rumo à conquista
Que Deus para ti e nós
Seja sempre a nossa voz
A classe, e Jota Batista
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ ( UVA )
CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PROFESSOR: MARCOS VINÍCIUS
EDUCAÇÃO E TRABALHO
JOÃO BATISTA AZEVEDO DOS SANTOS
CANINDÉ
ABRIL, 2013
quinta-feira, 21 de junho de 2012
CRUZADA DA FÉ
CRUZADA DA FÉ
LETRA & MÚSICA: JOTA BATISTA
A força que move o peregrino
Menino é a fé, menino
Menino é a fé menino
A força que move o peregrino ( repete )
Vou pra Canindé
prazeroso e feliz
Cantando com fé
Nos Caminhos de Assis
A minha bagagem
O que posso levar
É a fé que vai
É a fé que fica
É a fé que volta ( repete )
refrão
Lá se vai José
E Josefina
Lá se vai João
Lá se vai Marina
Lá se vai Tereza
Maria e Raimundo
Se o povo tem fé
pra Canindé
vai todo mundo ( repete )
segunda-feira, 11 de junho de 2012
DEUS NÃO VAI SE ZANGAR
DEUS NÃO VAI SE ZANGAR
JOTA BATISTA
O meu pai está doente
Não fala, não anda mais
Não escuta, não enxerga
São tantas doenças tais
Será que Deus é ingrato
Para ser tão insensato
Diante tal sofrimento ?
Mas, eu sei me conformar
Quem sou eu pra opinar
No Divino pensamento !
Talvez até aconteça
Que Deus me chame primeiro
Porque toda hora é hora
De apagar o candeeiro
Perdoe-me Pai Gigante
A blasfemia ignorante
Que da minhas boca sai
Vou aqui me retratando
Porque sei que estais velando
O teu filho que é meu pai
JOTA BATISTA
O meu pai está doente
Não fala, não anda mais
Não escuta, não enxerga
São tantas doenças tais
Será que Deus é ingrato
Para ser tão insensato
Diante tal sofrimento ?
Mas, eu sei me conformar
Quem sou eu pra opinar
No Divino pensamento !
Talvez até aconteça
Que Deus me chame primeiro
Porque toda hora é hora
De apagar o candeeiro
Perdoe-me Pai Gigante
A blasfemia ignorante
Que da minhas boca sai
Vou aqui me retratando
Porque sei que estais velando
O teu filho que é meu pai
sábado, 9 de junho de 2012
MAU HÁBITO CLERAL
AUTOR: JOTA BATISTA
Se você ainda não sabe
a ciência do prazer
é claro que a mim cabe
explicar para você
nesse mundo desconexo
esse dissílabo sexo
é uma fonte de prazer
Use-o como terapia
dos seus males triviais
seja noite, seja dia
veja só os animais
transam o corpo numa boa
é na chuva, na garoa
nos poleiros e quintais
Uma vez eu numa praça
no maior do desalento
de repente por mim passa
um casalzinho de jumentos
trepando sem uma problema
e eu contei aquela cena
para um padre num convento
O padre me esclareceu
filho, isso é coisa rotineira
somente quem é ateu
não gosta da brincadeira
eu aqui neste convento
sou pior quer esse jumento
se informe melhor com as freiras
segunda-feira, 4 de junho de 2012
O TRISTE FIM DO MENINO EZEQUIEL
HISTÓRIA DE UM MENINO PERDIDO
DE FRANCISCO NONATO DE SOUSA
ADAPTAÇÃO DE JOTA BATISTA
DE FRANCISCO NONATO DE SOUSA
ADAPTAÇÃO DE JOTA BATISTA
Leitores prestem atenção
na história que vou contar
de um caso que aconteceu
sem ninguém a esperar
uma drama triste e sinistro
o que agora vou narrar
Foi dia três de outubro
de um nove oito três
seria catorze horas
ou pouco antes, talvez
que os seus pais a avistaram
viva, pela última vez
A empregada da creche
que era de confiança
saiu para um passeio
com vinte e oito crianças
se perdeu a mais sabida
como dói esta lembrança
Eu quero deixar bem claro
como tudo aconteceu
lá no Sítio Bom Retiro
entre a Arábia e o Abreu
não se sabe dia ou hora
que a criança morreu
Hoje ela está com Deus
mas, foi triste o seu fim
seu pai Raimundo Carminha
sua mãe Lúcia Amorim
o mais novo de três filhos
hoje, anjo querubim
Ezequiel o seu nome
era bem pequenininho
tinha três anos de idade
de rosto bem coradinho
teve um triste destino
morrer no mato sozinho
Não dá pra imaginar
o quanto que ela sofreu
era uma mata fechada
onde desapareceu
onça, cobra e guaxinim
foram os inimigos seus
Lá no Sítio Bom Retiro
Houve grande confusão
será que foi raptada ?
o seu pai pensava então
nessa hora a criancinha
não tinha mais vida não
Vejam como a inocência
de uma criança não sai
isso fica de exemplo
para quem é mãe ou pai
não deixe um filho sair
sem saber pra onde vai
Procuraram noite e dia
com angústia e aflição
umas trezentas pessoas
até gente do bolsão
deixaram seus afazeres
e entraram no batalhão
Ezequiel morreu de sede
e de fome e bem fraquinho
não tinha a quem apelar
naquela mata sozinho
ao gritar, só lhe ouviam
os bichos e os passarinhos
Ninguém assumiu o caso
depois que ele aconteceu
o povo pôs-se a chorar
E Deus então recebeu
nosso anjo Ezequiel
e o pôs num canto do céu
bem juntinho com os seus
E foi em Guaramiranga
que este caso aconteceu
o povo caiu em pranto
quando a criança morreu
se faz até romaria
onde ela se perdeu
Quando o Mundinho viu
uns urubus a voar
disse assim: - dona Mundinha
é já que vamos achar
entraram de mata adentro
começaram a procurar
A criança foi achada
por Raimundo e Mundinho
eles foram procurar
naquela mata sozinhos
ficaram traumatizados
quando encontraram o anjinho
De tudo que aconteceu
não vou condenar ninguém
mas, foi falta de cuidado
que muitas pessoas têm
é triste, mas é exemplo
para pai e mãe também
Foi perto de meia noite
quando o enterro aconteceu
foi tudo feito ás pressas
e todo mundo entendeu
o corpo estava estragado
quando ela apareceu
Foi um caso muito triste
ninguém pode imaginar
os pais da linda criança
sem forças para chorar
sofreram noites e dias
sem saber se controlar
Os pais chorando bastante
sem ter a quem condenar
pegaram o seu filhinho
e foram logo enterrar
dizendo por que meu Deus,
tanta dor, tanto penar ?
Quando a notícia espalhou-se
que a criança morreu
foram logo ao local
onde o fato aconteceu
lá ergueram um, oratório
onde o corpo apareceu
Com os olhos lacrimejando
escrevi estes versinhos
terminei a meia noite
com tristeza e com carinho
eu sou Francisco Nonato
conhecido por Chiquinho
quinta-feira, 31 de maio de 2012
OS VERSOS DE MEU PAI SOBRE A PERNA CABELUDA
OS VERSOS DE MEU PAI
SOBRE A PERNA CABELUDA
SOBRE A PERNA CABELUDA
Or divino Deus Pai
todo poderoso
daime enteligencia
pra este caso ororoso
sobre a perna cabiluda
um caso misterioso
E uma perna cabiluda
que so tem um mocotó
so que ela não tem rabo
ela é bicó
so que ela pega destroi
deicha tudo so o pó
O son dela e como o trem
e fasendo vuco - vuco
quasem em todo Nordeste
o pouvo estão maluco
ela fasendo assombração
no estado de Pernambuco
Ela chegou na Paraiba
assombrou toda nassão
con as presas muito afiadas
disendo que era o cão
pegou logo uma criança
e aracole o coração
Esta perna cabiluda
so anda no pula pula
ela parte pega de uma ves
dis amigo não se bula
arependa se do que fes
antes que eu te ingula
Ela gosta dos casais
que namoram no escuro
pricipaumente maconheiros
que são gentes cem futuro
ela gosta muito de procurar
coias por tras de muro
As mouças que são bem mouças
com estes homem não ce inluda
não facilite que você dança
e sempre onegocio muda
cuidado no asalto
da perna cabiluda
E também da casa
que não que bem omarido
gosta mais do negão
por ele e mais inxirido
ela relinxa e dar grito
e o negão cai cem centido
Esta perna cabiluda
corre salta e tambem, vôa
relinxa berra grita
não pode cer coisa bôa
tem um zunido tão forte
que desmaia a pessôa
Eu descobri que esta perna
anda de cidade em cidade
ela não mata todo mundo
só quando isiste nesecidade
estou pensando que esta perna
anda atras é da verdade
Esta perna cabiluda
não e mentira e de vera
toma conta do mundo
e fica como uma fera
tudo endica que esta perna
e a tal de besta fera
Ela só procura este pouvo
que vive no mundo cem lus
estão esquecidos do que dise
o nosso Pai Jejus
pra nois sabermos respeitar
o poder da Santa Cruz
5 metros de altura
mede a perna cabeluda
com 3 metros de grussura
e muinto bem carnuda
quando ela parte pra você
você pede Deus ajuda
Depois das eleições
ela vai comer gente
o candidato que for eleito
lar ele e que se aguente
se ela não gostar
das leis do presidente
2 mil 800 kilometros
ela fas por segundo
e igual o pensamento
só um estudo profundo
pode tudo a contecer
mais isto so pode cer
o restinho do fim do mundo
Esta capa de osono que tem
entre a terra e o cel
por causo da poluicão
a gente ver pouco vel
esta perna cabiluda
veio de lar cem a juda
este monstro tão cruel
E verdade que esta perna vai
andar no mundo enteiro
pra mostrar que é malvada
fezs aquele desespeiro
no sertão de Pernambuco
fezs gente ficar maluco
com o bixo arruaceiro
E um fenomeno encantado
só quem sabe e quem já vio
formaram um batalhão
tudos armados de fuzil
ela enfrentou a rassa
se envolveu na fumasa
logo no tempo sumiu
Bole a té com a pulítica
eu vi no calendario
com juis e promotor
advogado e secretario
pode cer qualquer dotor
ela tambem não dar valor
a gonverno flacionario
Sou mais um golpe de estado
senhores deputado e senador
com esta democracia
só são prometedor
nem que aja guerra
só quem salva a nossa terra
é no mínimo homem ditador
FIM THE ENDE
2 mil 800 kilometros
ela fas por segundo
e igual o pensamento
só um estudo profundo
pode tudo a contecer
mais isto so pode cer
o restinho do fim do mundo
Esta capa de osono que tem
entre a terra e o cel
por causo da poluicão
a gente ver pouco vel
esta perna cabiluda
veio de lar cem a juda
este monstro tão cruel
E verdade que esta perna vai
andar no mundo enteiro
pra mostrar que é malvada
fezs aquele desespeiro
no sertão de Pernambuco
fezs gente ficar maluco
com o bixo arruaceiro
E um fenomeno encantado
só quem sabe e quem já vio
formaram um batalhão
tudos armados de fuzil
ela enfrentou a rassa
se envolveu na fumasa
logo no tempo sumiu
Bole a té com a pulítica
eu vi no calendario
com juis e promotor
advogado e secretario
pode cer qualquer dotor
ela tambem não dar valor
a gonverno flacionario
Sou mais um golpe de estado
senhores deputado e senador
com esta democracia
só são prometedor
nem que aja guerra
só quem salva a nossa terra
é no mínimo homem ditador
FIM THE ENDE
OS VERSOS DO MEU PAI
SOBRE A POLITICAGEM
SOBRE A POLITICAGEM
Eu gosto da realidade
sempre penso todo dia
dos puliticos descarados
cara lisa de alegria
são uns mascarados
estamos revoltados
com falsa democracia
Esta politicagem
do nosso pais brasileiro
fas um tal de troca troca
do dinheiro pra cruzeiro
de cruseiro pra crusado
e a gente fica enrolado
com a mudança do dinheiro
Quando eu me entendi
ja foi vendo a tal mudança
o meu pai a inda disia asim
vem o partido da liança
e eu disia Pai estar maluco
ficando velho caduco
e morrendo na esperança
na epoca das eleições
criaram o plano crusado
gostei muinto do planno
mais fiquei desconfiado
foi guardando aminha tenda
logo mais veio a enmenda
que deichou tudo desbrasado
Fes gonverno do estado
deputado e senador
formou o tal de gatilio
enganando o consumidor
quando o gatilio dispara
só disparou na cara
do pobre trabalhador
Agora vem os novatos
acabando coma entriga
pedindo voto di novo
parece dor de barriga
todo se derretendo
todo se mechendo
com cara de rapriga
Nesta onda eu não vou
pesso o meu Pai Eterno
para não morrer de fome
nem perder meu utimo terno
emquanto não mi esgoto
e voceis vão pedir voto
nas profunda do in ferno
Eu vivo con tanta da raiva
quando estou escrevendo
sei que estou errado
porque estou dissobedecendo
e falta de alimento
estou que não aguento
estou todo me tremendo
------------------------------
MANOEL PAULINO
ÉPOCA DO PLANO CRUZADO
quinta-feira, 24 de maio de 2012
NEM PAPAI VOTOU EM MIM
AUTOR: JOTA BATISTA
MEU POVO FUI CANDIDATO
PARA SER VEREADOR
AJUDEI O ELEITOR
DEI DOCUMENTO E RETRATO
E PARA BEM EXATO
NEM APARECÍ NA FOTO
TERMINADA A APURAÇÃO
VEJA SÓ A TRAIÇÃO
SÓ TIREI NOVENTA VOTOS
FIZ DE TUDO QUE PODIA
PARA CONQUISTAR O POVO
DEI ARROZ, FARINHA E OVO
FIQUEI NAQUELA AALEGRIA
MAS, QUANDO CHEGOU O DIA
DE OLHAR NO BOLETIM
A NOTÍCIA FOI RUIM
POR UM ERRO DO MESÁRIO
FIZERAM MEU PAI DE OTÁRIO
NEM ELE VOTOU EM MIM
Há aproximadamente duas décadas fui candidato a vereador em minha querida e harmoniosa Canindé. Acontece que em um distrito de Canindé, havia ou há, um eleitor com o mesmo nome de meu saudoso pai, Manoel Paulino dos Santos. No dia da eleição, meu eleitor principal, cedo me falou: meu filho, vá fazer boca de urna, que eu vou votar só a tardinha, quando o sol tiver pescando. Nesse ínterim, o Manoel do distrito, votou primeiro que o papai, e pra aumentar a desdita, na mesma secção que o meu Manoel iria votar. Quando meu pai chegou a secção 50 do Colégio Adauto Bezerra, o mesário disse simplesmente que ele já tinha sulfragado. O pior é que não deu tempo mais pra nada, pois já estava praticamente se encerrando a votação. Acabei perdendo o voto mais precioso da minha curta carreira política.
terça-feira, 22 de maio de 2012
TROQUE O SINO, TROQUE O SINO, SINO DE BELÉM
TROQUE, TROQUE O SINO, SINO DE BELÉM
SÃO PEDRO: - filho, de que morrestes ?
RECÉM CHEGADO: - de sinusites Pedros
SÃO PEDRO: - pegastes um resfriado filho, como foi ?
RECÉM CHEGADO: non nonzes ! - eu ia passandos na porta de entrada da igrejas, aízes o sino despencou da torres e "zite" na minha cabeças.
O CAPITÃO DE FRA(GATAS) E O BACALHAU DOS CABRAIS
O CAPITÃO DE FRA (GATAS)
E O BACALHAU DOS CABRAIS
AUTOR: JOTA BATISTA
E O BACALHAU DOS CABRAIS
AUTOR: JOTA BATISTA
01
Mais coisas no céu e terra
Acontecem e quem diria
Muito mais que imagina
A tua filosofia
Hamlet disse a Horácio
E eu uso do prefácio
Do conto de Sheakepeare
02
Um rei foi assassinado
A história está na mídia
Por um irmão leviano
Por ganância e desídia
Feito o crime, este se curva
A casar-se com a viúva
Numa macabra perfídia
03
Após sucinto resumo
Do que findou em tragédia
Vou narrar agora um caso
E fazer a minha média
De Porto, de Portugal
Capitão e bacalhau
De mentira e de comédia
04
Dizem os compatriotas
Do Brasil e Portugal
Que o futebol brasileiro
Sendo paixão nacional
Em Portugal é sabido
Que o assunto mais digerido
É o prato de bacalhau
05
É um peixe não tão raro
Mas, que pobre não adianta
Comê-lo porque é caro
Nem no almoço, nem na janta
Não afirmo por capricho
Mas, só como desse bicho
Às vezes...semana santa
06
Dizer: - bacalhau do Porto
É uma treta sem prega
Exaltam que é de lá
Mas, provém da Noruega
E vão aos bacalhoeiros
Lá no Porto de Aveiros
O povo vai lá e pega
07
Aveiros fica à setenta
Km do sul do Porto
Outra província bonita
De turismo e de conforto
Às margens do rio Douro
E vê-se no ancoradouro
O bacalhau vivo e morto
08
Receitas das mais diversas
A gente encontra por lá
Preparado ás Pataniscas
Narciza, Gomes de Sá
O Prato Espiritual
O Suflê de bacalhau
E Tripas pra degustar
09
O fato é que é um peixe
De inúmeras opções
Servido em pratos e formas
Inteiro e em porções
É um prato preparado
Pra deixar enamorados
Vulneráveis corações
10
Há o Bacalhau pra todos
Fiel amigo e Bolinho
Uma vasta culinária
Ao lado do melhor vinho
Dirija-se a Portugal
Se quiser comer legal
É este o melhor caminho
11
Por falar em bacalhau
Faço proveito da hora
Pra dizer que o Capitão
Pra Portugal foi-se embora
Não quer saber de voltar
Passou a só degustar
Da culinária de fora
12
Estranhíssima atitude
Pratica o nosso irmão
Trocar bacalhau daqui
Por um de outra nação
Dona Aurora já vagueia
E suspeitas de sereias
Pra tanta transformação
13
Sereias podem ser lendas
Sereias podem ser mitos
Mas, existem umas sereias
Que nessas eu acredito
São aquelas do bem bom
De ruge, pó e batom
E de cabelos bonitos
14
São as sereias dos bares
Boates cheias de luz
Tipo aquela do pãozinho
Meu Pãozinho de Cuscuz
De bumbuns arrebitados
De beiços avermelhados
Olhos miúdos e azuis
15
De fato são de espantar
Mudanças tão radicais
Come o lá de Portugal
E o daqui não come mais !
A estória é de Trancoso ?
Ou será que é mais cheiroso
O bacalhau dos cabrais ?
16
Essa troca de mariscos
Vem causando mui rebu
Só o Capitão quem sabe
O buraco do tatu
O homem está decidido
E só quer comer cozido
Enjoou do bicho cru
17
Nesta hora lhe advogo
E o quero inocentado
É dito que todo réu
Carece de advogado
E afirmo de norte a sul
Se o bicho já é bom cru
Imagine temperado
18
Na modesta opinião
Deste vate que assina
Versos tão enigmáticos
Talvez o mapa da mina
Seja que no bacalhau
Que ele come em Portugal
Se note mais vitamina
19
O Capitão que o diga
Conhece o sabor dos dois
Ele deve ter cuidado
Para não chorar depois
Quando ele aqui chegar
Aurora vai duvidar:
- és meu esposo ? - quem sois ?
20
O bacalhau brasileiro
Comia com as duas mãos
Dizem que prato lambido
É esquecido e então,
Se alguém o arguir:
- e o bacalhau daqui ?
Dirá ele: - lembro não
21
O bacalhau estrangeiro
Encontrado nas falésias
É pescado problemático
Do Oiapoque à Indonésia
O bicho só gera atritos
Além de causar conflitos
Ainda causa amnésia
22
O bacalhau do Brasil
Será que traz desconforto ?
Será do Mediterrâneo ?
Mar Vermelho ou do Mar Morto ?
Tem esfinge nesse enredo
É intrigante o segredo
Que tem o peixe do Porto
23
Cá comigo, eu imagino
Com a mais salgada lisura
Que o bacalhaus dos cabrais
Possui mais envergadura
Contornos de relicários
Olores de boticário
E essências de natura
24
E tem mais, o Capitão
Tá demorando voltar
Será que vossas narinas
Deleitaram-se por lá ?
O bacalhau dos cabrais
E seus perfumes florais
É mesmo de amarrar
25
É no SOSSEGO DO MAR
Que faço esse recital
Dirigindo ao Capitão
Perguntas de bacalhau
Responda e desate o nó:
- onde se come melhor,
No Brasil ou em Portugal ?
26
Quais serão suas respostas
Pra tantos enunciados ?
Por que nosso bacalhau
Se acha tão desprezado ?
Será que a comida gringa
Não tem a mesma catinga
Que possui nosso pescado ?
27
E por que a preferência
À comida lusitana ?
E por que trair a pátria
Com atitudes profanas ?
Dona Aurora já se posta
A ir atrás de respostas
Na tenda de uma cigana
28
É ai que ela se engana
Cigana é mulher levada
Pode até haver conluio
Jogo de cartas marcadas
Cigana é mulher vulgar
Seu negócio é intrigar
No fim não resolve nada
29
Basta lê A Cartomante
De Machado de Assis
Onde Rita trai Vilela
Com Camilo que a quis
Descoberta a desdita
Vilela põe fim a Rita
E ao ' amigo ' infeliz
30
A cigana já sabia
Da trama do adultério
Mas para entupir os cofres
Apavonava os mistérios
Resultado disso tudo
O bolso dela baludo
E o casal no cemitério
31
Por isso eu digo Aurora
Não perturbe o Capitão
Espere o moço chegar
Analise a situação
Cigana só faz trapaça
É bom que a senhora faça
Calada investigação
32
Aqui termino a estória
Já é hora de parar
Dona Aurora e o Capitão
Um casal igual não há
Unidos no amor e fé
Viva nosso CANINDÉ !
Viva O SOSSEGO DO MAR !
RESPOSTA DO CAPITÃO DE FRA (GATAS)
AOS ENUNCIADOS DE JOTA BATISTA
Querido amigo Batista
queria te agradecer
teus versos que a meu ver
expressam tua alegria
fazendo graça de tudo
me meteu em um canudo
cheguei ficar com azia
Como que vou me explicar
o bacalhau português
aqui é feito na brasa
no visual do freguês
mas, você entendeu mal
preparou sem tirar sal
me enrascou de uma vez
do cheiro tu me perguntas
a diferença que faz
sei não amigo, sei não
olfato não sinto mais
são tantas culpas no prato
que depois de três ou quatro
o sabor já não me apraz
se o daqui é melhor ?
posso dizer com certeza
o daqui não vale nada
o de lá é uma beleza
não há melhor bacalhau
com pimenta, azeite e sal
por ela posto na mesa
------------------------------------------
PORTUGAL, MAIO DE 2012
CAP. ARIMATEIA BEZERRA
RESPOSTA DO CAPITÃO DE FRA (GATAS)
AOS ENUNCIADOS DE JOTA BATISTA
Querido amigo Batista
queria te agradecer
teus versos que a meu ver
expressam tua alegria
fazendo graça de tudo
me meteu em um canudo
cheguei ficar com azia
Como que vou me explicar
o bacalhau português
aqui é feito na brasa
no visual do freguês
mas, você entendeu mal
preparou sem tirar sal
me enrascou de uma vez
do cheiro tu me perguntas
a diferença que faz
sei não amigo, sei não
olfato não sinto mais
são tantas culpas no prato
que depois de três ou quatro
o sabor já não me apraz
se o daqui é melhor ?
posso dizer com certeza
o daqui não vale nada
o de lá é uma beleza
não há melhor bacalhau
com pimenta, azeite e sal
por ela posto na mesa
------------------------------------------
PORTUGAL, MAIO DE 2012
CAP. ARIMATEIA BEZERRA
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