quinta-feira, 31 de maio de 2012

OS VERSOS DE MEU PAI SOBRE A PERNA CABELUDA

OS VERSOS DE MEU PAI
SOBRE A PERNA CABELUDA 


Or divino Deus Pai
todo poderoso
daime enteligencia
pra este caso ororoso
sobre a perna cabiluda
um caso misterioso

E uma perna cabiluda
que so tem um mocotó
so que ela não tem rabo
ela é bicó
so que ela pega destroi
deicha tudo so o pó

O son dela e como o trem
e fasendo vuco - vuco
quasem em todo Nordeste
o pouvo estão maluco
 ela fasendo assombração
no estado de Pernambuco

Ela chegou na Paraiba
assombrou toda nassão
con as presas muito afiadas
disendo que era o cão
pegou logo uma criança
e aracole o coração

Esta perna cabiluda 
so anda no pula pula
ela parte pega de uma ves
dis amigo não se bula
arependa se do que fes
antes que eu te ingula

Ela gosta dos casais
que namoram no escuro
pricipaumente maconheiros
que são gentes cem futuro
ela gosta muito de procurar
coias por tras de muro

As mouças que são bem mouças
com estes homem não ce inluda
não facilite que você dança
e sempre onegocio muda
cuidado no asalto
da perna cabiluda

E também da casa
que não que bem omarido
gosta mais do negão
por ele e mais inxirido
ela relinxa e dar grito
e o negão cai cem centido

Esta perna cabiluda
corre salta e tambem, vôa 
relinxa berra grita
não pode cer coisa bôa
tem um zunido tão forte
que desmaia a pessôa

Eu descobri que esta perna
anda de cidade em cidade
ela não mata todo mundo
só quando isiste nesecidade
estou pensando que esta perna
anda atras é da verdade

Esta perna cabiluda
não e mentira e de vera
toma conta do mundo
e fica como uma fera
tudo endica que esta perna
e a tal de besta fera

Ela só procura este pouvo
que vive no mundo cem lus
estão esquecidos do que dise
o nosso Pai Jejus
pra nois sabermos respeitar
o poder da Santa Cruz

5 metros de altura
mede a perna cabeluda
com 3 metros de grussura
e muinto bem carnuda
quando ela parte pra você
você pede Deus ajuda

Depois das eleições
ela vai comer gente
o candidato que for eleito
lar ele e que se aguente
se ela não gostar
das leis do presidente


2 mil 800 kilometros
ela fas por segundo
e igual o pensamento
só um estudo profundo
pode tudo a contecer
mais isto so pode cer
o restinho do fim do mundo


Esta capa de osono que tem
entre a terra e o cel
por causo da poluicão
a gente ver pouco vel
esta perna cabiluda
veio de lar cem a juda
este monstro tão cruel


E verdade que esta perna vai
andar no mundo enteiro
pra mostrar que é malvada
fezs aquele desespeiro
no sertão de Pernambuco
fezs gente ficar maluco
com o bixo arruaceiro


E um fenomeno encantado
só quem sabe e quem já vio
formaram um batalhão
tudos armados de fuzil
ela enfrentou a rassa
se envolveu na fumasa
logo no tempo sumiu


Bole a té com a pulítica
eu vi no calendario
com juis e promotor
advogado e secretario
pode cer qualquer dotor
ela tambem não dar valor
a gonverno flacionario


Sou mais um golpe de estado
senhores deputado e senador
com esta democracia
só são prometedor
nem que aja guerra
só quem salva a nossa terra
é no mínimo homem ditador






FIM THE ENDE 










OS VERSOS DO MEU PAI
SOBRE A POLITICAGEM 


Eu gosto da realidade
sempre penso todo dia
dos puliticos descarados
cara lisa de alegria
são uns mascarados
estamos revoltados
com falsa democracia

Esta politicagem
do nosso pais brasileiro
fas um tal de troca troca
do dinheiro pra cruzeiro
de cruseiro pra crusado
e a gente fica enrolado 
com a mudança do dinheiro

Quando eu me entendi
ja foi vendo a tal mudança
o meu pai a inda disia asim
vem o partido da liança
e eu disia Pai estar maluco
ficando velho caduco
e morrendo na esperança

na epoca das eleições
criaram o plano crusado
gostei muinto do planno
mais fiquei desconfiado
foi guardando aminha tenda
logo mais veio a enmenda
que deichou tudo desbrasado

Fes gonverno do estado
deputado e senador
formou o tal de gatilio
enganando o consumidor
quando o gatilio dispara
só disparou na cara
do pobre trabalhador

Agora vem os novatos
acabando coma entriga
pedindo voto di novo
parece dor de barriga
todo se derretendo
todo se mechendo
com cara de rapriga

Nesta onda eu não vou
pesso o meu Pai Eterno
para não morrer de fome
nem perder meu utimo terno
emquanto não mi esgoto
e voceis vão pedir voto
nas profunda do in ferno

Eu vivo con tanta da raiva
quando estou escrevendo
sei que estou errado
porque estou dissobedecendo
e falta de alimento
estou que não aguento
estou todo me tremendo


------------------------------

MANOEL PAULINO
ÉPOCA DO PLANO CRUZADO



quinta-feira, 24 de maio de 2012



NEM PAPAI VOTOU EM MIM
AUTOR: JOTA BATISTA 



MEU POVO FUI CANDIDATO
PARA SER VEREADOR
AJUDEI O ELEITOR 
DEI DOCUMENTO E RETRATO
E PARA BEM EXATO 
NEM APARECÍ NA FOTO
TERMINADA A APURAÇÃO
VEJA SÓ A TRAIÇÃO
SÓ TIREI NOVENTA VOTOS


FIZ DE TUDO QUE PODIA
PARA CONQUISTAR O POVO
DEI ARROZ, FARINHA E OVO
FIQUEI NAQUELA AALEGRIA
MAS, QUANDO CHEGOU O DIA
DE OLHAR NO BOLETIM
A NOTÍCIA FOI RUIM
POR UM ERRO DO MESÁRIO
FIZERAM MEU PAI DE OTÁRIO
NEM ELE VOTOU EM MIM



Há aproximadamente duas décadas fui candidato a vereador em minha querida e harmoniosa Canindé. Acontece que em um distrito de Canindé, havia ou há, um eleitor com o mesmo nome de meu saudoso pai, Manoel Paulino dos Santos. No dia da eleição, meu eleitor principal, cedo me falou: meu filho, vá fazer boca de urna, que eu vou votar só a tardinha, quando o sol tiver pescando. Nesse ínterim, o Manoel do distrito, votou primeiro que o papai, e pra aumentar a desdita, na mesma secção que o meu Manoel iria votar. Quando meu pai chegou a secção 50 do Colégio Adauto Bezerra, o mesário disse simplesmente que ele já tinha sulfragado. O pior é que não deu tempo mais pra nada, pois já estava praticamente se encerrando a votação. Acabei perdendo o voto mais precioso da minha curta carreira política.

terça-feira, 22 de maio de 2012

TROQUE O SINO, TROQUE O SINO, SINO DE BELÉM



TROQUE, TROQUE O SINO, SINO DE BELÉM





SÃO PEDRO: - filho, de que morrestes ?
RECÉM CHEGADO: -  de sinusites Pedros
SÃO PEDRO: - pegastes um resfriado filho, como foi ?
RECÉM CHEGADO:  non nonzes ! - eu ia passandos na porta de entrada da igrejas, aízes o sino despencou da torres e "zite" na minha cabeças.

O CAPITÃO DE FRA(GATAS) E O BACALHAU DOS CABRAIS

O CAPITÃO DE FRA (GATAS)
E O BACALHAU DOS CABRAIS
AUTOR: JOTA BATISTA





01

Mais coisas no céu e terra
Acontecem e quem diria
Muito mais que imagina
A tua filosofia
Hamlet disse a Horácio
E eu uso do prefácio
Do conto de Sheakepeare

02

Um rei foi assassinado
A história está na mídia
Por um irmão leviano
Por ganância e desídia
Feito o crime, este se curva
A casar-se com a viúva
Numa macabra perfídia 

03

Após sucinto resumo
Do que findou em tragédia 
Vou narrar agora um caso
E fazer a minha média
De Porto, de Portugal
Capitão e bacalhau
De mentira e de comédia

04

Dizem os compatriotas
Do Brasil e Portugal
Que o futebol brasileiro
Sendo paixão nacional
Em Portugal é sabido
Que o assunto mais digerido
É o prato de bacalhau

05

É um peixe não tão raro
Mas, que pobre não adianta
Comê-lo porque é caro
Nem no almoço, nem na janta
Não afirmo por capricho
Mas, só como desse bicho
Às vezes...semana santa

06
Dizer: - bacalhau do Porto
É uma treta sem prega
Exaltam que é de lá
Mas, provém da Noruega
E vão aos bacalhoeiros
Lá no Porto de Aveiros
O povo vai lá e pega

07

Aveiros fica à setenta
Km do sul do Porto
Outra província bonita
De turismo e de conforto
Às margens do rio Douro
E vê-se no ancoradouro
O bacalhau vivo e morto

08

Receitas das mais diversas
A gente encontra por lá
Preparado ás Pataniscas
Narciza, Gomes de Sá
O Prato Espiritual
O Suflê de bacalhau
E Tripas pra degustar

09

O fato é que é um peixe
De inúmeras opções
Servido em pratos e formas
Inteiro e em porções
É um prato preparado
Pra deixar enamorados
Vulneráveis corações

10

Há o Bacalhau pra todos
Fiel amigo e Bolinho
Uma vasta culinária
Ao lado do melhor vinho
Dirija-se a Portugal
Se quiser comer legal
É este o melhor caminho

11

Por falar em bacalhau
Faço proveito da hora
Pra dizer que o Capitão
Pra Portugal foi-se embora
Não quer saber de voltar
Passou a só degustar
Da culinária de fora

12

Estranhíssima atitude
Pratica o nosso irmão
Trocar bacalhau daqui
Por um de outra nação
Dona Aurora já vagueia
E suspeitas de sereias
Pra tanta transformação

13
Sereias podem ser lendas
Sereias podem ser mitos
Mas, existem umas sereias
Que nessas eu acredito
São aquelas do bem bom
De ruge, pó e batom
E de cabelos bonitos

14

São as sereias dos bares
Boates cheias de luz
Tipo aquela do pãozinho
Meu Pãozinho de Cuscuz
De bumbuns arrebitados
De beiços avermelhados
Olhos miúdos e azuis

15

De fato são de espantar
Mudanças tão radicais
Come o lá de Portugal
E o daqui não come mais !
A estória é de Trancoso ?
Ou será que é mais cheiroso
O bacalhau dos cabrais ?

16

Essa troca de mariscos
Vem causando mui rebu
Só o Capitão quem sabe    
O buraco do tatu
O homem está decidido
E só quer comer cozido
Enjoou do bicho cru

17

Nesta hora lhe advogo
E o quero inocentado
É dito que todo réu
Carece de advogado
E afirmo de norte a sul
Se o bicho já é bom cru
Imagine temperado

18

Na modesta opinião
Deste vate que assina
Versos tão enigmáticos
Talvez o mapa da mina
Seja que no bacalhau
Que ele come em Portugal
Se note mais vitamina

19

O Capitão que o diga
Conhece o sabor dos dois
Ele deve ter cuidado
Para não chorar depois
Quando ele aqui chegar
Aurora vai duvidar:
- és meu esposo ? - quem sois ?

20

O bacalhau brasileiro
Comia com as duas mãos
Dizem que prato lambido 
É esquecido e então,
Se alguém o arguir:
- e o bacalhau daqui ?
Dirá ele: - lembro não

21

O bacalhau estrangeiro
Encontrado nas falésias
É pescado problemático
Do Oiapoque à Indonésia
O bicho só gera atritos
Além de causar conflitos
Ainda causa amnésia

22

O bacalhau do Brasil
Será que traz desconforto ?
Será do Mediterrâneo ?
Mar Vermelho ou do Mar Morto ?
Tem esfinge nesse enredo
É intrigante o segredo
Que tem o peixe do Porto

23

Cá comigo, eu imagino
Com a mais salgada lisura
Que o bacalhaus dos cabrais
Possui mais envergadura
Contornos de relicários
Olores de boticário
E essências de natura

24

E tem mais, o Capitão
Tá demorando voltar
Será que vossas narinas
Deleitaram-se por lá ?
O bacalhau dos cabrais
E seus perfumes florais
É mesmo de amarrar

25

É no SOSSEGO DO MAR
Que faço esse recital
Dirigindo ao Capitão
Perguntas de bacalhau
Responda e desate o nó:
- onde se come melhor,
No Brasil ou em Portugal ?

26

Quais serão suas respostas
Pra tantos enunciados ?
Por que nosso bacalhau
Se acha tão desprezado ?
Será que a comida gringa
Não tem a mesma catinga
Que possui nosso pescado ?

27

E por que a preferência
À comida lusitana ?
E por que trair a pátria
Com atitudes profanas ?
Dona Aurora já se posta
A ir atrás de respostas
Na tenda de uma cigana

28

É ai que ela se engana
Cigana é mulher levada
Pode até haver conluio
Jogo de cartas marcadas
Cigana é mulher vulgar
Seu negócio é intrigar
No fim não resolve nada

29

Basta lê A Cartomante
De Machado de Assis
Onde Rita trai Vilela
Com Camilo que a quis
Descoberta a desdita
Vilela põe fim a Rita
E ao ' amigo ' infeliz

30

A cigana já sabia
Da trama do adultério
Mas para entupir os cofres
Apavonava os mistérios
Resultado disso tudo
O bolso dela baludo
E o casal no cemitério

31 

Por isso eu digo Aurora
Não perturbe o Capitão
Espere o moço chegar
Analise a situação
Cigana só faz trapaça
É bom que a senhora faça
Calada investigação

32

Aqui termino a estória
Já é hora de parar
Dona Aurora e o Capitão
Um casal igual não há
Unidos no amor e fé
Viva nosso CANINDÉ !
Viva O SOSSEGO DO MAR !


RESPOSTA DO CAPITÃO DE FRA (GATAS)
AOS ENUNCIADOS DE JOTA BATISTA 



Querido amigo Batista
queria te agradecer
teus versos que a meu ver  
expressam tua alegria
fazendo graça de tudo
me meteu em um canudo
cheguei ficar com azia

Como que vou me explicar
o bacalhau português
aqui é feito na brasa
no visual do freguês
mas, você entendeu mal
preparou sem tirar sal
me enrascou de uma vez

do cheiro tu me perguntas
a diferença que faz
sei não amigo, sei não  
olfato não sinto mais
são tantas culpas no prato
que depois de três ou quatro
o sabor já não me apraz

se o daqui é melhor ?
posso dizer com certeza
o daqui não vale nada
o de lá é uma beleza
não há melhor bacalhau
com pimenta, azeite e sal
por ela posto na mesa  



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PORTUGAL, MAIO DE 2012
CAP. ARIMATEIA BEZERRA 

SÓ SENDO DO CANINDÉ PRA SE PERDER NO TIMBÓ

SÓ SENDO DO CANINDÉ
PRA SE PERDER NO TIMBÓ
 AUTOR: JOTA BATISTA



 Quando eu vim de Canindé
 Para Maracanaú
Para alocar uma casa
 Rodei igual um peru
Com esforço uma arranjei
O caução adiantei
Fui a empresa trabalhar
Quando cheguei da jornada
A uma da madrugada
Teve início o meu penar

Vim no expresso Santo Antonio
Cheguei cansado que só
Desci foi no Jereissati
Eu não desci no Timbó
Que seria o lugar certo
Fiquei num canto deserto
O medo me dominava
A madrugada era fria
Na verdade eu não sabia
Mais aonde que eu morava

Essas casas de conjunto
São todas elas iguais
E eu estava distante
Da que eu aluguei demais
Sem ninguém a avistar
Sem ter a quem perguntar
Eu tomei um rumo incerto
Pra lá, pra cá eu andava
Pra meu azar nem achava
A porra de um bar aberto

Foi a maior aflição
Que tive na minha vida
Nessa hora eu só lembrava
Da minha mamãe querida
Eu fiquei desvanecido
E se viesse um bandido
Pra aumentar minha agonia
E se a tripa desse um nó
E se caísse um toró
E se faltasse energia

Todas essas situações
Vivi naquele momento
Pensei em fechar os olhos
E correr que nem jumento
Mas eu fui mantendo a calma
E parece que uma alma
Quis consertar minha mesa
E de fato num instante
Vi uma casa bem distante
Porta aberta, luz acesa

Menino, meu coração
Se afogava em alegria
Parecia que eu tinha
Acertado a loteria
Depois que eu avistei
De repente me animei
E com a vista meio cega
Fui andando mais depressa
E só pensando que essa
Talvez fosse uma bodega

Quando cheguei bem em frente
Eu mesmo me fiz simplório
Aquilo não era um bar
Era um diabo de um velório
O falecido era um ente
Que tomou muita aguardente
Morreu e virou carcaça
Pensei: - não é tão ruim
Velório de gente assim
Deve ter muita cachaça

Entrei e dei boa noite
Aproximei do defunto
Por eu ser desconhecido
Danei a puxar assunto
E disse para a avó dele
Eu só bebia mais ele
Era um menino de bem
A velha pôs-se a chorar
Pra ninguém desconfiar
Passei a chorar também

Uma voz lá do quintal
Falou o nome cachaça
Ouvi, fiquei matutando:
- agora eu bebo de graça
Passei pela a camarinha
Pela porta da cozinha
À velha, dei~lhe um sebo
Em menos de três segundo
Eu estava lá no fundo
Do quintal com outros bebos

Sei que antes das três horas
A cachaça se acabou
'inda tomei três lapadas
Quando o defunto soltou
Gases tão fenomenais
Que empestaram os quintais
Que haviam no quarteirão
Me veio repugnância
Eu disse: - quero distância
Desse defunto peidão

Exausto chamei um bebum
Disse a ele: - meu cumpade
Quero ir embora daqui
Mas, não conheço a cidade
Contei todo o meu problema
Meu sofrer, o meu dilema
Que tinha perdido a reta
Ele disse assim: - pois é,
Só sendo do Canindé
Com essa cara de pateta

Lembrei-me qual era a rua
E lhe disse: - é um, dois, oito
Me deixe lá que eu te dou
Um pacote de biscoito
É uma casa de esquina
De lado tem uma usina
De reciclagem de lata
De frente u'a mercearia
De um tal Dona Maria
Que vende ovo de pata

Ele respondeu: - já sei
Onde é sua residência
Suba aí na bicicleta
Procure ter paciência
E saímos procurando
E ele só conversando
E nada da casa achar
Eu fiquei de novo aflito
Pedi a Santo Expedito
Pro cara não me roubar

A gente vive em um mundo
De total desconfiança
Ás vezes lhe chega alguém
Com a cara de criança
Atrai sua simpatia
É só festa e alegria
Todo em pele de cordeiro
É um lobo a lhe embelezar
Querendo lhe embriagar
Pra tomar o seu dinheiro

Mas eu tive um ledo engano
O moço era direito
Encontrou a minha casa
Confirmou ser bom sujeito
Deveras agradecido
O biscoito prometido
Dei-lhe junto com um café
Mas antes dele sair
Ele torna a repetir
Só sendo do Canindé

Quando eu entrei na casa
Assim um pouco esquisito
A mulher olhou pra mim
E disse: - muito bonito
Expliquei a situação
Ela fez uma confusão
- de você perdi a fé
Queres enganar a mim ?
Cabra mentiroso assim,
Só sendo do Canindé

segunda-feira, 21 de maio de 2012

NÓS E A LUA

NÓS E A LUA
LETRA E MÚSICA: JOTA BATISTA



A lua sobe à nuvem que lhe atrai
Se lua se perder
Que falta que o luar fará
 Meus nervos ficarão à flor da pele
Se você viajar
Meus olhos secarão de dor
Se lua desluar

A lua vem à noite que lhe chama
Se lua então ficar
É bom para quem ama
A natureza em festas vai ficar
Aos olhos de um só
Amor que não se vai
E fica bem maior

Se Deus dissesse a ti
De todo meu amor
Seríamos um só
Sem dividir calor 
 

QUASE O PRIMEIRO MANDAMENTO

O PRIMEIRO MANDAMENTO
LETRA E MÚSICA: JOTA BATISTA



E se não fosse a ganância
A ignorância também
A gente ia além
De onde estamos

E se não fosse o desejo
De se ter mais do que tem
A gente ia além
Do que já somos

E aí, quem vai nos redimir
Que Deus nos ilumine
Nesta cidade
Quem é hostil
Que brigue pelas ruas
Que fique com a sua hostilidade

Olhando assim
Só uma coisa eu vou dizer
É necessário a gente ter
Que se amar
Que se amar


HINO DO MAGUARY E UMA HISTÓRINHA PEQUENA

HINO DO MAGUARY ESPORTE CLUBE
LETRA E MÚSICA: JOTA BATISTA





Maguary, és um orgulho da comuna franciscana
Maguary, azul anil o Canindé assim te chama
Maguary, o teu presente e o teu passado nos encantam
És imbatível, teu time em campo teus atletas se agigantam


Vencedor, sem despacho, vela preta, encruzilhada
luta e amor, ingredientes que despontam nas jornadas


O Fernandão, manjedoura de conquistas e vitórias
Sou Maguary de coração, sou campeão e faço parte dessa história




UMA HISTORINHA PEBA

                

Não dá pra recordar direito, mas suponho que a escalação do Maguary para a partida contra o time de São Domingos, seria esta: Gato, Jesus, Peba, Nambú e Surrão; Boré, Jota Batista, Gerardo e Irineu ( inmemorian ); Abdoral e Nenem. Mal a partida começou, São Domingos fez um a zero. Pra encurtar a história no nascer da lua, o nosso zagueiro Peba, confidenciou-me: - eu vou atuar na frente, pode ser que eu consiga empatar o jogo. Ele tinha razão, pos tinha um estatura melhor que os demais companheiros. A lua já desenbeiçava, quando o Peba, fintou a zaga do São Domingos, dribou o goleiro, e frente a frente com a trave escancarada, deu um toque de canhota rumo a cidadela do goleiro adversário. Meu minino ! Não é que um diabo dum bacorim saiu de dentro de uma moita de mufumbo, a bola que já ia entrar no gol, bateu nas costelas do pequeno suíno, dando chance a zaga se recompor. Acabamos perdendo o jogo pelo placar mínimo. Na segunda feira, um "loucotouro" esportivo de uma rádio dava as seguintes manchetes em um programa esportivo. Confira daqui há pouco, no Programa Bola Fora, as seguintes manchetes: NO MARACANÃ, MENDONÇA DÁ A VITÓRIA AO BOTAFOGO, EM JOGO DRAMÁTICO, CEARÁ VENCE O LEÃO EM TARDE DE MARCIANO, E NO FUTEBOL CANINDEENSE, EM SÃO DOMINGOS, BACURIM SALVA GOL DE PEBA. Mais tarde eu explico como foi.