MANOEL MESSIAS
DA ROMARIA, O CANTOR
Quer ser feliz, vá em Canindé
Quer ver São Francisco, vá em Canindé
A Gruta e a Matriz, vá em Canindé
Os Caminhos de Assis, vá em Canindé
Ver a Estátua, vá em Canindé
Igreja do Monte, vá em Canindé
Igreja das Dores, vá em Canindé
Convento e Zoológico, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé, berço de artistas, é sim, tem sim
Poeta, pintor, violeiro, cordelista, é sim, tem sim
Tem escritor, escultor e desenhista, é sim, tem sim
Quem não lembra Manoel Messias
O nosso hino, sua magia
Quem não lembra J. Ratinho
Canindé te amo com muito carinho
Quer ver os abrigos, vá em Canindé
Museu e Mosteiro, vá em Canindé
Praça dos Romeiros, vá em Canindé
Ver a Bandeira, vá em Canindé
Ver o Beira D"agua, vá em Canindé
O Açude Sousa, vá em Canindé
O São Mateus, vá em Canindé
Casa dos Milagres, vá em Canindé
REFRÃO:
Canindé nós te amamos
Te guardamos no coração
O romeiro não te esquece
Santuário de devoção ( repete 04 vezes )
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
MANOEL MESSIAS FREITAS, DA ROMARIA, O CANTOR
MANOEL MESSIAS FREITAS
DA ROMARIA, O CANTOR
01
Fazer arte em canindé
É um verdadeiro penar
Se a gente monta um projeto
É necessário ralar
Não há uma sustentação
Há sim uma exploração
E o negócio descamba
O certo é que nosso artista
É mesmo um equilibrista
Andando na corda bamba
02
Na terra Santa do Santo
São Francisco de Assis
Cidade hospitaleira
É a história que diz
A arte é muito corrente
No passado, no presente
Com desfechos futuristas
A amada Canindé
Tanto foi e ainda é
Um celeiro de artistas
03
Poetas do amor e ódio
Paixão e melancolia
Das noites de lua cheia
E madrugadas vazias
Das musas inspiradoras
Das gazelas sedutoras
E garrafas consumidas
Dos cabarés e dos guetos
Dos frenesis e sonetos
Das cartas mal escrevidas
04
Pintores da natureza
Do real, do abstrato
Da fértil imaginação
Da moldura do retrato
Do vistoso panorama
Da alegria, do drama
Da fé que o romeiro traz
Do beijo trocado a sós
Dos carinhos dos avós
E da saudade voraz
05
Cantores da alegria
Da tristeza, do encanto
Do compasso, da harmonia
Do ninar, do acalanto
Das crianças, da ciranda
Da rede posta em varanda
Da religiosidade
Do pulsar do coração
Do homem lá do sertão
Do homem cá da cidade
06
Escultores de ex-votos
Da explicação da fé
Dos costumes, tradições
Da vida de Canindé
Das doenças já curadas
Da fé que foi consagrada
E do agradecimento
Da dor transformada em arte
Do peregrino que parte
Pra Terra Santa ao relento
07
Emboladores do coco
Das brigas, dos delegados
Das querelas dos amantes
Dos homens afeminados
Dos adultérios sutis
Dos cruzamentos febris
De quem trai ou quem traiu
Dos amores consumados
Entre os matagais fechados
Nas noites de céu anil
08
Violeiros de bancadas
Das pelejas contundentes
Que curam nas cantorias
Mau olhado e dor de dente
Das rimas, das redondilhas
Dos namoros com as filhas
Do fazendeiro ricaço
Da bela, da estrovenga
Da confecção da quenga
E o desmanche do cabaço
09
Repentistas do improviso
Da vida cotidiana
Das praças, ruas e feiras
Do pandeirista bacana
De microfone ao pescoço
Pedindo moeda ao moço
Pelo improviso dito
Da cultura popular
Do galope à beira mar
Da rola e do periquito
10
Fiz toda essa pajelança
Pra dizer que nosso artista
Ainda tem esperança
De receber a conquista
Da glória, do apogeu
De não ver o que ocorreu
E não sentir-se esquecido
Vou relatar com franqueza
Uma história de tristeza
Veja só o acontecido
11
Manoel Messias morreu
Foi triste a sua partida
Porém não está distante
A sua voz é ouvida
De forma bem graciosa
Nas canções melodiosas
De sol, romaria e fé
Nos louvores de Maria
Palavras e harmonia
Do Hino de Canindé
12
Por tudo que ele fez
Durante seus funerais
Homenagens foram poucas
Manoel merecia mais
Agentes da sinecura
Câmara e prefeitura
Desprovidos do pudor
Não fizeram suas partes
Esqueceram-se das artes
E de tabela o cantor
13
O que essa gente pensa
A respeito deste hino
Cantado em todo Nordeste
Por fiéis e peregrinos
Analfabetos políticos
Sem o menor senso crtítico
Seres irracionais
Se Manoel num segundo
Pudesse voltar ao mundo
Talvez nem cantasse mais
14
Ficaria sabedor
Da inércia dos fariseus
De tanto envergonhado
Diria aos amigos seus
Quanta falta de atitude
Tragam-me outro ataúde
Quanta vergonha meu povo
Aqui não é meu lugar
O caixão pode lacrar
Eu quero morrer de novo
15
E esse eu Jota Batista
Do Pãozinho de Amor
De uma miscigenação
Do Plangente Cantador
E vários amigos meus
Que receberam de Deus
O dom de fazer poesias
Da vida encerrado o prazo
Teremos também descaso
Igual Manoel Messias
16
Talvez daqui uns janeiros
A desconto de pecado
Manoelzinho deve ser
Por um vereador lembrado
Depois de trezentas luas
Seu nome será de rua
Por ordem de algum gestor
Teremos por hipocrisia
A RUA: MANOEL MESSIAS
( CANTOR E COMPOSITOR )
------------X---------------
POR JOTA BATISTA
AGOSTO DE 2012
DA ROMARIA, O CANTOR
01
Fazer arte em canindé
É um verdadeiro penar
Se a gente monta um projeto
É necessário ralar
Não há uma sustentação
Há sim uma exploração
E o negócio descamba
O certo é que nosso artista
É mesmo um equilibrista
Andando na corda bamba
02
Na terra Santa do Santo
São Francisco de Assis
Cidade hospitaleira
É a história que diz
A arte é muito corrente
No passado, no presente
Com desfechos futuristas
A amada Canindé
Tanto foi e ainda é
Um celeiro de artistas
03
Poetas do amor e ódio
Paixão e melancolia
Das noites de lua cheia
E madrugadas vazias
Das musas inspiradoras
Das gazelas sedutoras
E garrafas consumidas
Dos cabarés e dos guetos
Dos frenesis e sonetos
Das cartas mal escrevidas
04
Pintores da natureza
Do real, do abstrato
Da fértil imaginação
Da moldura do retrato
Do vistoso panorama
Da alegria, do drama
Da fé que o romeiro traz
Do beijo trocado a sós
Dos carinhos dos avós
E da saudade voraz
05
Cantores da alegria
Da tristeza, do encanto
Do compasso, da harmonia
Do ninar, do acalanto
Das crianças, da ciranda
Da rede posta em varanda
Da religiosidade
Do pulsar do coração
Do homem lá do sertão
Do homem cá da cidade
06
Escultores de ex-votos
Da explicação da fé
Dos costumes, tradições
Da vida de Canindé
Das doenças já curadas
Da fé que foi consagrada
E do agradecimento
Da dor transformada em arte
Do peregrino que parte
Pra Terra Santa ao relento
07
Emboladores do coco
Das brigas, dos delegados
Das querelas dos amantes
Dos homens afeminados
Dos adultérios sutis
Dos cruzamentos febris
De quem trai ou quem traiu
Dos amores consumados
Entre os matagais fechados
Nas noites de céu anil
08
Violeiros de bancadas
Das pelejas contundentes
Que curam nas cantorias
Mau olhado e dor de dente
Das rimas, das redondilhas
Dos namoros com as filhas
Do fazendeiro ricaço
Da bela, da estrovenga
Da confecção da quenga
E o desmanche do cabaço
09
Repentistas do improviso
Da vida cotidiana
Das praças, ruas e feiras
Do pandeirista bacana
De microfone ao pescoço
Pedindo moeda ao moço
Pelo improviso dito
Da cultura popular
Do galope à beira mar
Da rola e do periquito
10
Fiz toda essa pajelança
Pra dizer que nosso artista
Ainda tem esperança
De receber a conquista
Da glória, do apogeu
De não ver o que ocorreu
E não sentir-se esquecido
Vou relatar com franqueza
Uma história de tristeza
Veja só o acontecido
11
Manoel Messias morreu
Foi triste a sua partida
Porém não está distante
A sua voz é ouvida
De forma bem graciosa
Nas canções melodiosas
De sol, romaria e fé
Nos louvores de Maria
Palavras e harmonia
Do Hino de Canindé
12
Por tudo que ele fez
Durante seus funerais
Homenagens foram poucas
Manoel merecia mais
Agentes da sinecura
Câmara e prefeitura
Desprovidos do pudor
Não fizeram suas partes
Esqueceram-se das artes
E de tabela o cantor
13
O que essa gente pensa
A respeito deste hino
Cantado em todo Nordeste
Por fiéis e peregrinos
Analfabetos políticos
Sem o menor senso crtítico
Seres irracionais
Se Manoel num segundo
Pudesse voltar ao mundo
Talvez nem cantasse mais
14
Ficaria sabedor
Da inércia dos fariseus
De tanto envergonhado
Diria aos amigos seus
Quanta falta de atitude
Tragam-me outro ataúde
Quanta vergonha meu povo
Aqui não é meu lugar
O caixão pode lacrar
Eu quero morrer de novo
15
E esse eu Jota Batista
Do Pãozinho de Amor
De uma miscigenação
Do Plangente Cantador
E vários amigos meus
Que receberam de Deus
O dom de fazer poesias
Da vida encerrado o prazo
Teremos também descaso
Igual Manoel Messias
16
Talvez daqui uns janeiros
A desconto de pecado
Manoelzinho deve ser
Por um vereador lembrado
Depois de trezentas luas
Seu nome será de rua
Por ordem de algum gestor
Teremos por hipocrisia
A RUA: MANOEL MESSIAS
( CANTOR E COMPOSITOR )
------------X---------------
POR JOTA BATISTA
AGOSTO DE 2012
Assinar:
Postagens (Atom)